Na hora de decidir os estilos de design de um imóvel podem surgir dúvidas sobre qual padrão utilizar. Há quem misture os estilos optando por algo mais eclético que possa agradar mais pessoas. Contudo, como planejar o design para escolher o estilo ideal que possa valorizar o imóvel?
Neste artigo iremos abordar os 5 estilos mais utilizados pelos arquitetos, porém nossa intenção não é ranquear ou eleger o melhor no sentido de recomendar tendências, mas sim dar aos nossos leitores uma visão ampla de cada estilo para que tenha mais segurança na hora de definir o planejamento do design de interiores de seu imóvel de alto padrão.
Não há escolha errada! Acima de tudo, você precisa imprimir no imóvel a sua personalidade, ou, caso você esteja preparando o imóvel para venda, você precisa conhecer seu público a fim de escolher um estilo adequado.
É importante lembrar que o estilo é como um organismo vivo, ou seja, sofre mudanças ao longo das décadas, e está extremamente suscetível a mudanças de acordo com as inovações que o mercado proporciona.
Continue conosco para buscar uma direção mais clara sobre o planejamento de estilo do seu imóvel.
Vamos falar sobre o estilo Mid-Century Modern, comumente usado por designer americanos. O Mid-Century é um movimento de design que surgiu entre as décadas de 40 e 60, caracterizado por suas linhas limpas e formas orgânicas.
Não temos como falar de Mid-Century sem mencionar a “luz natural”. Tendo como base a simplicidade, esse estilo prioriza a integração com a natureza através de grandes janelas e portas de vidro, que permitem a entrada de luz natural e a sensação do exterior para dentro.
Se você pretende apostar no Mid-century, prepare-se para usar materiais naturais como madeira, pedra, vidro e metal. Em geral, esses materiais são utilizados para criar uma sensação de calor no ambiente.
As cores são elementos muito importantes de cada estilo. A paleta de cores do mid-century é composta por tons neutros e terrosos em contraste com cores vivas e ousadas em detalhes e acessórios.
Prepare-se para a eliminação de excessos. Na intenção de simplificar tudo, o minimalismo aparece no design de interiores um pouco depois do mid-century (entre as décadas de 60 e 70).
É por causa do minimalismo que costumamos dizer “menos é mais”, pois este estilo se caracteriza por uma estética limpa e despojada, com foco em formas essenciais e a utilização de uma paleta de cores neutras.
Este estilo é ideal para quem valoriza a qualidade sobre a quantidade, ou seja, para planejar seu imóvel neste estilo, você precisa escolher poucas peças de alto impacto ao invés de muitos elementos decorativos.
Papel e caneta na mão para anotar esses detalhes importantes:
– móveis com linhas retas e simples
– superfícies lisas
– materiais como madeira clara, metal, vidro
– Paleta de cores geralmente é composta por tons neutros como branco, cinza e preto
Uma dica importante para a mobília é escolher móveis multifuncionais e com bastante espaço para armazenamento, evitando a exposição de objetos para manter um espaço organizado e funcional
Quanto ao revestimento das paredes, procure optar por paredes de concreto exposto, pisos de madeira lisa e janelas amplas. Neste mesmo sentido, evite cortinas pesadas.
Este estilo ganhou força na década de 50, com mais intensidade nos países nórdicos (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia). Os pontos marcantes do estilo Escandinavo são: simplicidade e conexão com a natureza.
Por causa dos poucos momentos de luz do inverno escandinavo, os designers nórdicos priorizavam grandes janelas com poucas cortinas na intenção de aproveitar melhor a luz natural, promovendo assim ambientes acolhedores com uma paleta de cores leves.
Madeira clara, linho, lã e couro são elementos chave neste estilo, marcando ainda mais a naturalidade do ambiente.
Apesar de ter semelhança com o minimalismo pelo uso de ambientes amplos e com pouca informação, o estilo escandinavo vai utilizar mais os tons pastéis para trazer a sensação de conforto.
Este estilo incorpora algumas plantas para marcar ainda mais a naturalidade dos ambientes, por isso, planeje bem os espaços que vão ganhar esse diferencial verde.
As fábricas e os armazéns urbanos são as fontes de inspiração para este design tão popular, sobretudo na cozinha.
Isso mesmo, a cozinha é um dos ambientes que mais carregam as características do estilo industrial, pois ela precisa lembrar um ambiente de produção, porém com toque de conforto de um lar.
Materiais brutos e expostos são os pontos altos no acabamento. E por falar em acabamento, nem sempre ele vai ser necessário, pois o estilo industrial conta com paredes com tijolos expostos, sem acabamento, ou desgastados.
Certamente você vai usar mais ferragens no seu planejamento, principalmente nas prateleiras. Diferente do minimalismo e do estilo escandinavo que comentamos anteriormente, o estilo industrial visa a praticidade, por isso os objetos estarão à vista dos usuários, assim como numa indústria.
As cores comuns como preto, branco, cinza e marrom prevalecem muito nos ambientes industriais, porém, é interessante fazer uma quebra dessa neutralidade com obras de arte mais ousadas e plantas mais robustas.
Prepare-se para ver diversos elementos competindo por atenção em um mesmo ambiente. Na contramão do minimalismo, o Boho Chic propõe mais ousadia, tanto nas cores, quanto na quantidade de móveis com cores vibrantes (retrô).
Caneta e papel! É hora de anotar novamente:
– tecidos ricos e texturizados
– tapeçarias ousadas (kilim)
– almofadas bordadas
– mantas de lã
Os elementos acima são os mais marcantes em uma casa ou apartamento decorado no estilo Boho Chic.
A oposição que este estilo faz ao minimalismo acontece principalmente na paleta de cores. O Boho valoriza tons terrosos (vermelho, laranja, marrom) e verde, complementados por cores vibrantes como turquesa e fúcsia, que são muito comuns nas mobílias com estilo retrô.
Apesar da ousadia proposta pelo Boho, sabemos que tudo deve ter equilíbrio, do contrário, os excessos podem deixar o imóvel desconfortável, prejudicando sua venda.
Você precisa ter sempre em mente que casa é um ambiente para descanso e conforto, por isso, procure sempre o equilíbrio para conseguir passar essa sensação nas visitas dos potenciais compradores.
Cada elemento deve ser cuidadosamente selecionado para complementar os outros, criando uma coesão estética e funcional. Por exemplo, ao optar pelo estilo Boho Chic, a riqueza de texturas e cores deve ser equilibrada com móveis simples e neutros para evitar que o espaço pareça desordenado.
No estilo Industrial, a robustez dos materiais brutos pode ser suavizada com detalhes aconchegantes, como plantas e tecidos, para criar um ambiente acolhedor e sofisticado.
Um design bem-sucedido é aquele que transmite uma sensação de continuidade e harmonia em todos os espaços. Isso não significa que cada cômodo deve ser idêntico, mas sim que deve haver uma linha temática ou uma paleta de cores que percorra toda a residência.
Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para o seu planejamento de design. Fique atento ao nosso Blog. Todas as semanas novos conteúdos sobre o ramo imobiliário.