Há pouco mais de dois anos, a discussão era o preço: o alto custo da lâmpada led desanimava, mesmo com seu apelo sustentável. Na época, já não se fabricavam nem comercializavam as incandescentes (progressivamente banidas por consumirem muita energia); as halógenas e fluorescentes dominavam os estandes das lojas especializadas. O que mudou?
“A tecnologia do led vem se aprimorando rapidamente com o aperfeiçoamento dos componentes e a variedade de opções, refletindo em custo menor e qualidade superior para o consumidor”, avalia Georges Blum, presidente da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi). A possibilidade de integrar o sistema led à automação gerando soluções mais elaboradas é também resultado dessa evolução. “Por meio de aplicativos de celular e tablets via wi-fi, consegue-se ligar, desligar, dimerizar e modificar o espectro cromático das lâmpadas sem a necessidade de grandes reformas na residência”, completa Isac Roizenblatt, diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux).
Essas características despertaram a atenção dos profissionais de luminotécnica, que planejam a iluminação de espaços públicos e privados. “O mundo da iluminação está se sofisticando”, sentencia Guinter Parschalk, arquiteto e lighting designer. “Hoje, por causa da miniaturização, consigo mais potência com um ponto cada vez menor”, explica, referindo-se à crescente versatilidade de usos. Mas se o preço da lâmpada está mais em conta, o mesmo não vale para o do projeto de luminotécnica. “O valor total para uma casa chega a surpreender alguns clientes”, explica o arquiteto Gustavo Calazans, ciente do reconhecimento crescente da importância desse serviço. Tantas mudanças, em tão pouco tempo, vêm impondo aos profissionais da área novos modos de trabalhar a luz – agora, de origem eletrônica. Algo semelhante se dá com os próprios consumidores, ainda aprendendo a se orientar em meio às diversas novidades.
O Light Emitting Diode ou, traduzindo, Diodo Emissor de Luz é um condutor de energia elétrica que, quando energizado, emite luz visível a olho nu. Dentro da lâmpada, independentemente de seu formato, há uma fita com diversos pontos de led ligados a um circuito eletrônico (similar a um chip) responsável por transformar a tensão de 127 V ou 220 V da corrente elétrica em 12 V. É assim que essa tecnologia consome bem menos, pois necessita de pouca energia para gerar brilho.
Texto readaptado Fonte: arquiteturaeconstrucao.abril.com.br