É muito comum que alguns cômodos de uma casa mudem sua funcionalidade ao longo dos anos, de acordo com a necessidade das pessoas que o utilizam.
Um dos clássicos exemplos são os quartos para bebês ou crianças pequenas. A princípio, o cômodo não exige a necessidade de ser amplo, porém, o tempo passa e a ampliação espaço acaba sendo uma necessidade real.
Neste contexto, você tem 2 opções em mãos: A) Ampliar o cômodo, ou B) Otimizar o espaço a partir da mobília, aumentando o espaço de fluxo.
Planejar o redesign de um cômodo pequeno não é tão fácil quanto parece. Escolhas equivocadas podem tornar o lugar mais difícil de ser acessado, ou até mesmo desconfortável.
Com nossa experiência em imóveis de alto padrão, decidimos abordar no conteúdo dessa semana algumas dicas sobre otimização de espaços pequenos na intenção de ajudar nossos leitores a planejarem sua renovação de espaço.
Neste conteúdo você vai entender mais sobre a importância do planejamento prévio e desenho do layout ideal, medição exata do espaço, escolha de móveis adequados, ideias para móveis funcionais, além de dicas de organização para otimizar seus espaços de armazenamento.
Planejamento é necessário em qualquer projeto importante, pois ele pode prever custos e também evitar problemas futuros. No caso da otimização de um espaço, você precisa ficar atento a alguns itens importantes deste planejamento, os quais iremos abordar nas seguintes seções.
É hora de pegar uma trena e tirar todas as medidas do cômodo. Largura, comprimento e altura são medidas necessárias para planejamento dos móveis, revestimento ou pintura das paredes, além do plano do fluxo de pessoas.
A medida média para fluxo de pessoas é 90cm, ou seja, se você pretende remodelar os móveis, não se esqueça de levar essa medida em consideração, pois ela serve como parâmetro na maioria dos planos de design de interiores.
Neste momento você deve pontuar os objetivos deste cômodo para que fique claro a todos os envolvidos na reforma:
Levante todos os itens que você julga serem essenciais neste cômodo para que, a partir deles, você possa ter clareza quanto ao tamanho e layout dos móveis.
É sempre uma melhor escolha quando você tem um profissional qualificado que dispõe de todo o aparato para planejamento de espaços, porém muitas pessoas assumem este papel quando se trata de pequenas modificações em cômodos pequenos. Contudo, o desenho do espaço não deve ser descartado em nenhum desses contextos. É a partir dos desenhos em uma escala que representa as medidas reais que você poderá realizar um planejamento mais racional dos móveis e espaço de fluxo de pessoas.
Após realizar a etapa do planejamento, o próximo passo é escolher os móveis multifuncionais.
O que são móveis funcionais, afinal? Móveis multifuncionais são aqueles projetados para otimizar o uso do espaço e servir a múltiplas finalidades, tornando o ambiente mais prático e organizado. Digamos que a palavra-chave aqui é “versatilidade”.
Talvez você já se deparou com algum ambiente que possuía um sofá-cama ou uma mesa retrátil (dobrável). Repare que esses móveis servem para um propósito principal, porém, após seu uso, eles podem ser recuados para oferecer espaço de fluxo às pessoas. Este é um clássico exemplo de multifuncionalidade.
Mas não para por aí, existem outros exemplos de móveis multifuncionais que podem ajudar muito na hora de planejar a otimização de um cômodo pequeno, como:
Com essas soluções, você pode melhorar o espaço para fluxo de pessoas, além de dar uma ideia de amplitude ao imóvel.
Além da mobília inteligente, você pode optar por outra solução na otimização dos seus espaços, e esta solução se chama “armazenamento inteligente”.
Estantes verticais são essenciais para criação dessa solução de armazenamento. Ao criar opções de estantes do chão ao teto, você cria espaços para guardar objetos, ou até mesmo para expor decorações.
Duas ideias muito utilizadas pelos designers é o aproveitamento da parte inferior das escadas. A criação de uma prateleira para livros é uma ótima ideia, como você vê no exemplo abaixo:
Outra forma inteligente é a criação de uma estante/parede, ou seja, um móvel de armazenamento que, ao mesmo tempo, desempenha um papel de divisão de cômodos.
Fazemos essa pergunta provocativa para que você reflita em algo que vai ajudá-lo no processo de organização deste novo espaço.
Sabemos que quando se trata de decoração, muitos itens estão ligados a questões pessoais, ou seja, muitos itens de nossa decoração são carregados de memória afetiva.
Contudo, você deve levar em consideração uma seleção daquilo que pode “sair de cena”, adotando um olhar mais minimalista.
O conceito minimalista em um cômodo pequeno ajuda na percepção de um espaço mais amplo, já que existe pouca informação nas superfícies.
Além disso, um ambiente com poucos objetos auxilia a rotina de limpeza e organização. Lembre-se, quanto menor o cômodo, mais fácil de deixá-lo desorganizado pelo excesso de objetos. Busque sobriedade na hora de decidir a decoração.
Para concluir este conteúdo, adotamos a palavra-chave “equilíbrio”. Equilibrar é essencial ao planejar a otimização de espaços pequenos.
É fácil se empolgar com as inúmeras opções de móveis multifuncionais e soluções de armazenamento inteligente, mas, conforme mencionamos anteriormente, o excesso de elementos pode resultar em um ambiente desorganizado e desconfortável.
Ao considerar cada peça e solução, lembre-se de manter um conceito coeso e harmonioso para garantir que o espaço não apenas pareça maior, mas também ofereça funcionalidade e conforto.
Uma casa harmoniosa transmite uma sensação de ordem e bem-estar. Portanto, cada ambiente deve ter um conceito conectado, permitindo uma transição suave entre os espaços.
Se a sua intenção é colocar o imóvel à venda, você tem ainda mais motivos para otimizar os cômodos menores para que os visitantes (potenciais compradores) enxerguem a coesão do espaço.
Um cômodo não funcional pode passar uma impressão de planta mal planejada, prejudicando assim a venda do seu imóvel.